Hmmm... depois eu arrumo esse template.... agora minha paciencia chegou ao fim
AAHHHHHH
Canseeiiiiiiii
Depois eu coloco o tag board aqui porque aquela coisa é um saco de arrumar ¬¬"
Bá :: 3/11/2004 09:00:00 PM
...por falar em cof cof cof, estou com febre... bosta!
AAHHHH!!!! Desde anteontem estou montando minha maquete do nó de escadas, lá na marcenaria da Belas Artes ^^v
Dá um puta trampo, mas estou trabalhando com papel paraná que é lindo... minha professora sugeriu que eu fizesse o trabalho final em madeira... ela tá louca! Não tenho dinheiro pra comprar tanta madeira, não tenho força pra carregar aquelas biroscas e tampouco tenho como carregar aqueles estrupícios no metrô e no ônibus... portanto, provavelmente farei o nó em papel paraná um pouco mais grosso mesmo (porque a profª sem noção quer que eu faça as escadas em tamanho natural o.O).
Como não vou fazer uma escada muito imensa, creio que meu trabalho ficará com aproximadamente um metro, um metro e vinte de altura... no máximo um metro e meio. Espero conseguir terminar a maquete na segunda feira e o trabalho até o final da semana que vem. Ainda mais que o seu Brito muito fofo (o tiozinho responsável pela oficina) é que tá fazendo toda a parte técnica pra mim (porque eu não tenho muita habilidade em cortar, serrar, calcular, medir, etc).
Como meu estudo em cera de abelha foi destruído (ele era bem pequenininho, não tinha nem 7cm de comprimento), estamos fazendo desde o começo de novo... ¬¬" não faz mal, tô aprendendo a usar serra ^^v - e eu aprender a usar serra é, para os outros, potencialmente perigoso hohoho! >:]
Tô triste com a perda do meu estudo... ele era pequenininho porque no começo ele era o núcleo de uma massa de arames (no começo mesmo, não passou de um pretexto pra eu ver como era trabalhar a cera), mas não gostei dos arames lá e aproveitei só o nozinho mesmo... Quer dizer, até gostava da massa de arames, porque me passava a idéia de unidade celular, vida, complexidade e caos, um centro frágil em meio a uma massa "violenta" (a cera -material muito frágil- e o emaranhado de arame -material duro, apesar de maleável)... um centro tão frágil que caiu no chão e virou pó... ¬¬" Mas... de toda forma, alguma coisa naquilo tava me incomodando e eu joguei o arame fora.
Pra quem não consegue visualizar um nó de escada, dêm uma olhada nessas três figuras (1, 2, 3) do Escher... Quando vi a cera (que supostamente era para ser derretida), salvei um cotoco pra mim e comecei a lapidar (com um estilete lastimável... tinha só a pontinha da lâmina e tive que usar a lâmina sem o estilete)... acho que inconscientemente comecei a pensar numa dessas figuras... mas não sei exatamente em qual; talvez em todas. Quando terminei achei que tava a cara do Escher bonito ("bonito" não estou me referido à carinha dele)... acho que como agora só sobrou o nó mesmo, o trabalho pode ganhar outra conotação... permanece a complexidade, mas também a simplicidade (porque fazer degrau é uma coisa relativamente simples), o caos e a organização (caos por ser um emaranhado de escadas; organização porque a forma quadrangular dos degraus remete -pelo menos pra mim- a coisa definida, quadrada, limitada...). O Escher calculava (o cidadão era matemático o.O), coisa que eu não faço e recuso-me a fazer. Ao contrário do Marcos, não sei ser metódica....
Os degraus do Escher eram todos calculados, os meus são deliberadamente oblíquos - e gosto disso. Se fossem todos certinhos, ia ficar horrível. O meu nó não tem nada dos cenários do Escher, somente os degraus - por isso que não sei se fui influenciada por ele... mas devo ter sido sim. Ainda estou pensando sobre aquele treco... as escadas convergem para si mesmas, o que me passa a sensação de intimidade, de interior, de sentimentos... Por ser composto de formas aparentemente quadradas, mas bem tortas... não sei como explicar, mas acho que existe um sentimento de fuga, de rebeldia nisso... tipo, dentro das formas quadradas, surge uma revolução para transformar o todo em curva, não totalmente bem sucedida, mas já com resultados visíveis. Tão grande é essa tentativa de o quadrado tornar-se curva que o meu nó não tem uma base... todos os lados que conseguirem manter o equilíbrio são bases... E na verdade nenhum é base porque equilibra-se pelas pontas mais salientes - pelas forças de fuga mais fortes.
E alguns degraus são bem compridos (ou altos, se preferirem)... e vistos sobre certos ângulos me lembram prédios numa metrópole... uma metrópole que é direita, torta, forte, delicada (aliás, esse aspecto da delicadeza foi mais um motivo que me levou ao papel em vez da madeira), frágil, rígida, quadrada e curva. Uma metrópole essencialmente quadrada, retangular e cheia de ângulos mas que tem dentro de si forças que podem mudar isso, que com muito esforço aos poucos muda os ângulos retos em oblíquos ou obtusos... forças estas que transformaram a escada hierárquica e solitária (que tem a parte de baixo e a de cima... aliás, escada lembra muito a hierarquia: fácil de descer; difícil de subir, mais difícil ainda de permanecer no topo) num conjunto "circular" de escadas, com escadas que nascem e morrem em outras, e não se sabe onde começam e terminam e não começam no chão e terminam no alto, mas que seguem continuamente, e com várias opções de direções a seguir. Um caminho infinito - que pretensão a minha hein. ;)
Quero só ver quando eu tiver de apresentá-lo pra classe... não conheço ninguém ainda (só dou oi e tchau pra eles) e tenho uma dificuldade imensa pra falar em público... se mal consigo falar quando conheço as pessoas, numa sala de desconhecidos, acho que morro... queria conseguir expôr a eles tudo que disse aqui e mais um pouco, mas acho que vou travar na hora... pensamento positivo para que isso não aconteça! x^^x
De toda forma, ainda não pensei num título pra ele... e esse eu queria nomear... todo os meus trabalhos anteriores foram chamados de "Sem título"... ¬¬ Pensei em algo como "Nó", "Caminhos", "Inside Outside" (imediatamente descartado porque lembrei que o Tunga tem um trabalho chamadao "Inside Outside Upside Down"... e também porque prefiro um título em brasileirês), "quadrado curvo" ou coisas assim... mas não me decidi por nenhum... na minha votação interna (cuja única votante sou eu! :D) "Nó" está ganhando... mas ainda não estou muito contente com esse título... Aceito sugestões! ;D --aceito dinheiro também hohoho (justificável: preciso de grana pra comprar o material pra montar meu trabalho)
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Passada a empolgação com o nó: eu tava lá no metrô sem nada pra fazer... catei um caderno, um lápis e comecei a rascunhar uma cabeça (adoro desenhar cabeças! :D)... quando viro pro lado pra ver se a estação em que desço estava chegando, vi a menina olhando fixamente pra minha cara... ela ficou até sem graça hahahaa Ela tava olhando o desenho (e eu, ouvindo Rattlesnake Shake a toda nem notei huahauhaua). Aí desci e fui pegar o ônibus... sentei numa das barras de ferro que "controlam" (ahã) a fila e continuei desenhando... subi no ônibus e o tiozinho que tava logo atrás de mim na fila sentou do meu lado.
Aí ele começou a falar (pra mim ele tava só mexendo a boca porque o som continuava no talo hahahaa... o cara abrindo e fechando a boca e eu só ouvindo "IIIIIIIIIIIIII made a stop! tan tan in Albuquerque! tan tan" hauhauhaua), sério... depois ele repetiu: "Quero só ver você conseguir desenhar no ônibus" (bobinho... eu sempre desenho em ônibus e metrô). Ficou do meu lado a viagem INTEIRA pra ver o desenho! o.O Mas acabei nem desenhando muito porque o tio era engraçado e ficou falando o quanto ele ouvia Billy Idol, Dominó, Bon Jovi e Smiths nos anos 80... hauhauahuaa Começo a desconfiar que as pessoas têm razão quando dizem que eu sou um imã pra atrair gente estranha ^^v (nossa, que síndrome de Diana... mó post imenso...
AAAAAAAHHHH!!!!!!! Que emoção! Retomei o controle e consegui parar de escrever! :DDDDD
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Segundo o termômetro, sou uma garota quente: 38°C de febre! (ha-ha-ha finjam que a piada foi engraçada)